Nós
estamos aprofundando e estudando o Documento da CNBB: Comunidade de
Comunidades: Uma Nova Paróquia, O presente subsídio
nos orienta na missão de transformar a estrutura da paróquia em comunidade de
comunidades, apresentando de modo sintético alguns elementos que a tradição
cristã condensou como traços fundamentais da vida eclesial. Iluminados pela Palavra
e pela tradição teológica, serão identificados neste documento alguns desafios
da realidade atual para a vida paroquial e será apresentado um conjunto de
propostas pastorais, tendo em vista a renovação paroquial.
Cito aqui um pequeno resumo do
documento. Oriento a todos os fiéis a estudarem o citado subsídio adquirir o
livro, lê-lo em seu grupo, movimento, pastoral e comunidade, fazendo dele um
orientador em nossos trabalhos.
17.
·
Há
partilha dos bens; é um novo estila de vida que Jesus propõe;
·
Relaciona-se
como amigos;
·
O
poder é exercido como serviço;
·
Faz-se
a oração em comum.
36. “Eles perseveravam no
ensinamento dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações” (AT
2,42).
·
O
ensinamento dos apóstolos;
·
A
comunhão: indica a atitude de partilha de bens, não só dos bens, mas também dos
sentimentos experiência de vida;
·
A
fração do pão (Eucaristia)
·
As
orações: por meio delas os cristãos permaneciam unidos entre si.
42. Na base da
experiência comunitária, proposta por Jesus, está a experiência da “comunhão”.
Jesus inicia seu ministério chamando discípulos para viverem com ele (cf. Mc
3,14) Todo o itinerário do discípulo, desde o chamado, é sempre vivido na
comunhão com os outros. A dimensão comunitária é fundamental na Igreja, pois se
inspira na própria Santíssima Trindade.
54. A paróquia, sua
principal ocupação, tem sido a Vida comunitária (Koinonia), nem a pregação
(didaskalia), nem o testemunho (martyria) nem o serviço (diakonia), mas o culto
(leitougia).
92.
Muitas comunidades e paróquias do país vivenciam experiências importantes de
uma profunda conversão pastoral. São comunidades preocupadas com a
evangelização, com uma catequese de iniciação à vida cristã e na perspectiva
bíblica; desenvolvem uma liturgia viva e participativa; preocupam-se e atuam
com os jovens; despertam muitos serviços e ministérios entre os leigos; têm
conselho paroquial e conselho de assuntos econômicos. O grupo que participa da
vida paroquial tem vínculos comunitários. Há o interesse e o empenho em atrair
os afastados.
112. Nossas paróquias
precisam urgentemente rever questões, como: dar atendimento a doentes,
solitários, enlutados, deprimidos e dependentes químicos, acompanhar as
famílias, o povo de rua.
154. A grande comunidade,
praticamente impossibilitada de manter os vínculos humanos e sociais entre
todos, pode ser setorizada em grupos menores que favoreçam uma nova forma de
partilhar a vida cristã. A paróquia descentraliza seu atendimento e favorece o
crescimento de lideranças e ministérios.
156. A setorização é um meio. Não basta uma
demarcação de territórios, é preciso identificar quem vai pastorear, animar e
coordenar esse setores, pequena comunidades, com maior delegação de
responsabilidade para leigos e religiosos que atuam na paróquia.
177. O padre seja formado
para ser o servidor do seu povo; que o padre seja, cada vez mais, aquele que se
coloca como o Mestre e lava os pés dos discípulos para dar o exemplo. Será
fundamental acolher bem as pessoas, exercer sua paternidade espiritual sem
distinções, renovando sua espiritualidade para ajudar tantos irmãos e irmãs que
buscam a paróquia.
182. A conversão pessoal e
pastoral do diácono se traduz nas muitas frentes onde deve atuar como servidor
da comunidade. Deve se ocupar com a evangelização, a formação dos discípulos
missionários, a celebração dos sacramentos que lhe competem e, com as obras de
caridade.
184. A revitalização da
comunidade supõe que o pároco estimule a participação ativa dos leigos de sua
paróquia. Isso supõe valorizar as lideranças leigas, inclusive as novas gerações,
e formá-las como discípulas missionárias.
185. Reconhecer novas
lideranças e multiplicar o número de pessoas que realizam os diferentes
ministérios nas comunidades.
·
Pequenas
Comunidades
213. A comunidade menor
favorece os valores do relacionamento interpessoal. Procurar criar novas
comunidades a partir de grupos que se reúnem para viver a sua fé, alimentar sua
espiritualidade e crescer na convivência.
217. Os melhores esforços
das paróquias precisam estar voltados à convocação e formação dos leigos das
comunidades.
·
Catequese
de Iniciação à vida cristã
221. Para que as
comunidades sejam renovadas, a catequese há de ser uma prioridade. Trata-se de
passar da catequese como instrução e adotar a metodologia catecumenal, seguir
as etapas do RICA e propor, até para os membros da comunidade, uma formação
catecumenal que percorra as etapas do querigma, da conversão, do discipulada,
da comunhão e da missão. Também agentes e lideranças da pastoral precisam de
catequese permanente.
A renovação paroquial depende de
todos nós, depende do padre, dos diáconos, dos coordenadores, dos Ministros
Leigos, das lideranças, dos fiéis de modo geral. Que cada um possa contribuir,
cada qual ao seu modo e segundo as suas muitas capacidades e virtudes, na
implantação do Reino de Deus, renovando as estruturas de
nossa realidade paroquial. Cristo conta conosco, conta contigo. Nos diz o
Senhor “Eis que faço novas todas as
coisas” (Ap 21,6).
Por Pe. Alex para o Informativo Paroquial
Nenhum comentário:
Postar um comentário